A inauguração oficial da fábrica da BYD em Camaçari, na Bahia, marcada para esta quinta-feira (dia 09) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, está no centro de uma polêmica. Boa parte do efetivo de cerca de 1,5 mil trabalhadores da montadora teria sido impedida de participar das celebrações.
Segundo Júlio Bonfim, representante do Sindicato dos Metalúrgicos de Camaçari, apenas cerca de 300 funcionários foram convidados para o evento. O restante da força de trabalho, que atua na unidade, recebeu folga.
Repercussão e Críticas de Exclusão
Após a repercussão negativa da notícia, a empresa chinesa teria recuado parcialmente. Bonfim informou que, posteriormente, a BYD teria permitido que os trabalhadores interessados comparecessem à fábrica, mas com uma condição: que ficassem de fora dos festejos oficiais.
O representante sindical fez uma crítica contundente à decisão da empresa, traçando paralelos com outras inaugurações e celebrações. Bonfim relembrou a festa de inauguração da GWM em São Paulo, que também contou com a presença de Lula, e os festejos realizados pela Ford na mesma área onde hoje está instalada a BYD, onde a participação dos trabalhadores foi, segundo ele, mais inclusiva.
“O trabalhador faz parte das conquistas da empresa, negar a ele o direito de comemorar é um ato de exclusão”, lamentou Bonfim.
Procurada pela nossa reportagem, a BYD não se posicionou sobre o ocorrido até o fechamento desta edição.
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