Por: Redação Conde FM
São Francisco do Conde, Bahia — A Petrobras colocou um ponto final nas intensas especulações sobre a reestatização da Refinaria de Mataripe, em São Francisco do Conde. Em uma declaração oficial que impacta diretamente o cenário político e econômico da Bahia, o estatal afirmou que a recompra da unidade não está prevista em seu Plano Estratégico para o período de 2024 a 2028.
A informação foi confirmada por Claudio Romeo Schlosser, Diretor Executivo de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras. Segundo o executivo, o planejamento atual da companhia, revisado a cada cinco anos, simplesmente não contempla uma readquisição da refinaria. Mataripe foi vendido em 2021 ao grupo Mubadala e, desde então, é operado sob o nome Acelen.
A notícia é um balde de água fria para os defensores da reestatização e encerra uma série de debates acalorados sobre o futuro daquela que é considerada uma das mais importantes unidades de refino do país. A especulação girou em torno de uma mudança na política estatal e do Governo Federal em relação aos ativos privatizados.
Porta Semiaberta: Reavaliação Futura não Está Descartada
Apesar da negativa categórica para o atual ciclo de planejamento, o Diretor ponderou que a Petrobras “está atenta, polo a polo”. A empresa não fechou totalmente a porta, fazendo com que a situação possa ser reavaliada caso o cenário do mercado energético nacional sofra mudanças significativas ou surjam novas oportunidades de negócio. Contudo, o mercado entende a declaração como um posicionamento firme que garante a manutenção do status quo para os próximos anos.
Impacto Direto em São Francisco do Conde
Para o município de São Francisco do Conde , a notícia possui um peso econômico monumental. A refinaria é a principal base econômica da cidade, sendo responsável por milhares de empregos diretos e indiretos e por uma parcela crucial da arrecadação local de ICMS.
A ausência de planos de recompra da Petrobras reforça a dependência do município da atual gestão da Acelen e das políticas de mercado aplicadas pelo grupo Mubadala após a privatização. A comunidade e a gestão municipal, que esperavam por uma definição, agora terão que concentrar seus esforços em músculos com a Acelen e na diversificação de sua matriz econômica a médio e longo prazo.
(Com informações do Bnews)
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